Aqui posto de comando do Movimento das Palavras Armadas.

sexta-feira, março 13, 2009

segunda-feira, março 09, 2009

Final!

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domingo, março 08, 2009

Não é que a minha agenda seja muito preenchida, que não o é. Contudo, sempre aprendi que tudo tem um custo, o custo de oportunidade, o deixar de fazer algo para fazer uma outra coisa. Nada é gratuito e toda a actividade tem esse custo. Daí a eu não perder tempo em conhecer gente que não me interesse minimamente, cabendo nessa definição dois tipos de pessoas, as muito eruditas ou que se julgam como tal e as básicas, que apenas têm como assunto as opções do Quique no glorioso SLB. Não por não ser o meu clube, mas porque discutir futebol é, quanto a mim, das mais básicas discussões humanas e eu gosto de ser básico muito de vez em quando, raramente ou quase nunca, e não por sistema. Por esta razão dei comigo a pensar num conjunto de pessoas que sempre me deram um certo asco, nunca pensei em mencioná-los nem o irei fazer, mas os últimos acontecimentos políticos levaram-me a pensar nisto, em algumas daquelas pessoas com as quais não teria qualquer prazer em me encontrar, tendo que suportar o tal custo de oportunidade. Não sei explicar, mas tudo se resume à impressão que tiro das atitudes da pessoa o que por norma não falha. A lista, essa, ficará em segredo...

Maior Cego é aquele...

Se podes olhar, vê.

Se podes ver, repara.

Livro dos Conselhos

Saramago in Ensaio Sobre a Cegueira.

sábado, março 07, 2009

O MEU IRMÃO É FILHO ÚNICO


Sinopse


Dá-nos um humor quente que clarifica a vista desafiadora da esperança, mesmo quando os acontecimentos se tornam trágicos.-Jay Weissberg, Variety


Esta é uma enérgica, perspicaz, divertida e inteligente meditação sobre a herança facista italiana.-Wally Hammond, TimeOut


Accio, um fascista susceptível, é a causa do desespero dos seus pais. Conflituoso, impulsivo e explosivo, arranja facilmente sarilhos, enfrentando cada batalha como se fosse uma guerra. O seu irmão, Manrico, é um comunista fascinante. É bonito, carismático, amado por todos, mas igualmente perigoso... No dia-a-dia de uma pequena cidade italiana nos anos 60 e 70, os dois irmãos lançam-se em crenças políticas opostas, estão apaixonados pela mesma mulher e, em permanente confronto, vivem um período das suas vidas pleno de fugas, retornos, conflitos e grandes paixões. É uma história sobre o crescimento de dois irmãos e 15 anos de história da Itália passam, enquanto vemos as vivências de Accio e Manrico, tão diferentes mas tão iguais...
Não vi, mas quero ver...

sexta-feira, março 06, 2009

the bird and the bee


The Bird and the Bee é um projecto peculiar entre a cantora Inara George e o multi-instrumentista Greg Kurstin. Os dois têm currículos invejáveis. Ela pela sua carreira a solo, enquanto que Kurst produziu artistas como Beck, Flamings Lips, Peaches, Lily Allen, entre outros.
São um grupo pop simpático, uma verdadeira pérola sonora.
Este duo, que é editado pela Blue Note, tem uma sonoridade entre um jazz sumptoso e um pop açucarado, o que resulta num som muito equilibrado e com muito ’swing’. Aconselho a ouvir e a ver o vídeo da Polite dance song .

É o vento

As árvores dobram-se e voltam a si.
Insistem com as unhas ancoradas na terra para não perderem a morada.
Para mais do que isso falta-lhes a força.
Pessoas a apertar casacos no peito.
É sempre aí que apertam, com medo que fujam de lá as memórias penduradas por arames velhos.
Já foram bons, falta-lhes a manutenção.

Arrumam os cabelos no ponto de partida para eles começarem de novo um improviso nervoso.
Os cães ladram uns com os outros, entendem-se como podem.
Há folhas a serem empurradas rua abaixo até adormecerem junto a uma parede, onde lhes acaba a imaginação.
Contentores do lixo tentam fugir às escondidas de quem os vê.
Os semáforos abanam a cabeça a quem lhes pergunta as regras.
Os pássaros arrumam as asas em ponto morto e deixam-se levar para onde não querem.
É o vento a gritar o que pode, a organizar ideias até lhe faltar o ar.
A coreografar a terra com passos largos.E é sempre assim.
Desarruma-se o mundo para depois se orçamentar quanto custa desarrumá-lo no sítio.
Faltarão coisas.
Mas as melhores nunca mudam de lugar.


Bruno Nogueira


Este texto foi retirado, sem a devida autorização, do blogue do
Bruno Nogueira (corpodormente), ao qual presto a devida vénia pela qualidade do texto. Só mostra que o rapaz, além de bom comediante também tem outros dotes...

quinta-feira, março 05, 2009

«Varekai», do Cirque du Soleil, no Parque Tejo a 15 de Maio


O Cirque du Soleil vai estrear a 15 de Maio, no Parque Tejo, em Lisboa, o novo espectáculo «Varekai», escrito e dirigido por Dominic Champagne. A produção presta homenagem «à alma nómada, ao espírito e arte da tradição circense e a todos aqueles que desafiam, com infinita paixão, os longos caminhos que levam a Varekai», segundo o divulgado em comunicado. Combinando o teatro com a acrobacia, o espectáculo apresenta demonstrações de perícia e poder, numa narrativa que acompanha um «jovem rapaz (…) atirado para as profundezas de uma floresta mágica, um mundo habitado por criaturas fantásticas». O programa inclui movimentos de contorção em números como Russian Swings, Slippery Surface e Triple Trapeze.

«Varekai» estreou em 2002 em Montreal, onde se situa a sede do Cirque du Soleil, e já foi apresentado no Canadá, Austrália, EUA e Nova Zelândia, tendo chegado à Europa em 2007.

O espectáculo estará patente de terça-feira a sábado às 21:00 horas. Aos sábados também decorrerão sessões às 17:30. Aos domingos, o espectáculo será apresentado às 16:30 e às 20:30.

Mais informações clique na imagem

O Bom Português!

Aqui está de volta ao mundo, apelidado da blogosfera, um grande amigo, daqueles, talvez improváveis à primeira vista, mas que o destino fez o favor de provocar o encontro. O seu blogue, que servia como suporte aos seus alunos de Português, ganhou uma maior dinâmica e para além de nos ensinar o bom Português, necessário a muita boa gente, divaga sobre outros assuntos sempre interessantes. Uma visita a realizar ao O Bom Português. é o meu conselho, para quem tenha ou não problemas de língua Portuguesa.

quarta-feira, março 04, 2009

Rectificações que convêm ser feitas.

"Quero falar-vos das razões da minha candidatura a primeiro-ministro"

José Sócrates no "Congresso" do PS




Já alguém explicava ao senhor Secretário-Geral do PS que não existem, Constitucionalmente, eleições para Primeiro-Ministro, mas apenas eleições legislativas, com o objectivo de eleger deputados para a Assembleia da República, de onde sairá depois o Governo composto por Ministros e Primeiro-Ministro. A concorrer a Primeiro-Ministro certamente que irá sozinho.

Besancenot


Um jovem carteiro trotskista tornou-se no líder da contestação em França. Aclamado em sondagens como o principal opositor a Sarkozy, fundou há semanas um novo partido anticapitalista, apostado em transformar a revolta em revolução No início da semana passada, Olivier Besancenot fazia a sua primeira aparição pública enquanto "porta-voz" do Novo Partido Anticapitalista para apoiar os protestos nas Antilhas francesas contra o aumento do custo de vida. Entre mais de mil manifestantes concentrados em Paris, o militante trotskista de 34 anos, admirador de Che Guevara e que nunca escondeu a vontade de encabeçar um novo Maio de 68, apelava o país a revoltar-se, "seguindo o exemplo" dos franceses da Guadalupe.

Se até há alguns meses o mesmo discurso limitava-se a confirmar a simpatia dos franceses por este revolucionário com ares de jovem sacristão, desde o estalar da crise financeira internacional, as intervenções do militante de extrema-esquerda têm mais impacto junto da opinião pública do que as dos líderes da oposição socialista.

O discreto carteiro da localidade "burguesa" de Neuilly-sur-Seine, governada durante 18 anos por Nicolas Sarkozy, actual Presidente da República, tornou-se nos últimos meses no principal mensageiro da revolta contra "as derivas da globalização financeira", pronto a devolver ao remetente as reformas "neoliberais" do Presidente conservador.

Depois de a sua candidatura às presidenciais em 2002 e 2007 ter recolhido 4% de votos - os melhores resultados de sempre do seu partido, a Liga Comunista Revolucionária (LCR) - Besancenot conta hoje com o apoio de 10% do eleitorado francês.

Uma popularidade crescente e duplamente incómoda: inquieta, à esquerda, os socialistas tentados pela via liberal, e à direita, os conservadores criticados por descurarem as políticas sociais.

As polémicas em torno de Besancenot, sobre a sua relação com um dirigente de um antigo grupo armado ou sobre a sua proximidade com um alegado grupo de extrema-esquerda acusado de sabotar as linhas de caminho-de-ferro, ilustram o nervosismo do Governo, acusado, no entanto, de beneficiar do "efeito Besancenot" para enfraquecer a oposição socialista, aliás cada vez mais fragmentada por múltiplos conflitos internos.

Ciente da necessidade de renovar a imagem do seu campo político, Besancenot dissolveu em Fevereiro a LCR para dar à luz o Novo Partido Anticapitalista (NPA). A formação que milita por "um socialismo do século XXI" conta já com nove mil militantes, o triplo dos apoiantes da quadragenária LCR.

Mantendo os ideais marxistas, o programa do NPA prevê a proibição dos despedimentos, a criação de um serviço bancário público auto-gerido pelos trabalhadores, o aumento do salário mínimo para 1500 euros e a generalização dos contratos sem termo.

À imagem do militante anti-racista e antiglobalização ao guiador de uma bicicleta dos correios, o partido pretende somar a partir de agora a "esquerda da esquerda" em torno de propostas como a regularização dos imigrantes clandestinos, o realojamento dos sem-abrigo e a aposta nas energias renováveis.

Vinte anos após a queda do muro de Berlim ter aberto as portas à globalização, a cotação das utopias parece ter saído do "vermelho" face ao desmoronamento dos mercados financeiros que se tem registado nos últimos seis meses um pouco por toda a parte.

O homem que quer "radicalizar a democracia" e "pôr fim às injustiças do sistema capitalista", apresenta-se como um jovem dos subúrbios, mais do que como um proletário. Se nos anos 80 se escondia sob o pseudónimo revolucionário de 'Lucien', hoje não rejeita a mediatização, tendo batido em audiência a socialista Ségolène Royal, quando aceitou substituí-la, em Abril, num dos programas mais populares da televisão pública.

A provável candidatura de Besancenot às presidenciais de 2012, onde será um dos rivais do actual Chefe do Estado, Nicolas Sarkozy, arrisca-se a alimentar a longa lista de excepções francesas, depois da vitória da extrema-direita na primeira volta das eleições em 2002, com Jean-Marie Le Pen como candidato, e da incómoda vitória do 'Não' no referendo ao Tratado Europeu em 2005, que teve repercussões muito para lá das fronteiras francesas.

Resta saber se a classe política gaulesa chegará a compreender a mensagem antes de decidir atacar este mensageiro.

in DN

terça-feira, março 03, 2009




Me gustas cuando callas porque estás como ausente,


y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.


Parece que los ojos se te hubieran volado


y parece que un beso te cerrara la boca.


Como todas las cosas están llenas de mi alma


emerges de las cosas, llena del alma mía.


Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,


y te pareces a la palabra melancolía.


Me gustas cuando callas y estás como distante.


Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.


Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:


déjame que me calle con el silencio tuyo.


Déjame que te hable también con tu silencio


claro como una lámpara, simple como un anillo.


Eres como la noche, callada y constelada.


Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.


Me gustas cuando callas porque estás como ausente.


Distante y dolorosa como si hubieras muerto.


Una palabra entonces, una sonrisa bastan.


Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.




Pablo Neruda

segunda-feira, março 02, 2009

Nem sempre as coisas são como no-las mostram!


Relato dos três norte-americanos sequestrados pelas FARC O mundo chorou de alegria quando Ingrid Betancourt foi libertada, após quase sete anos de cativeiro, e a franco-colombiana foi recebida como uma heroína em França. Mas oito meses depois da operação Jaque, o relato de três dos seus antigos companheiros na selva colombiana vem deitar por terra a imagem da mais famosa refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). "Ingrid é uma pessoa que gosta de controlar e manipular" é uma das críticas mais brandas que lhe fazem os norte-americanos Thomas Howes, Keith Stansell e Marc Gonçalves (um lusodescendente) no livro Out of Captivity. São 457 páginas, escritas em forma de diário num relato cronológico. Os três foram libertados a 2 de Julho, com Ingrid e mais 11 reféns numa operação arrojada do exército. Stansell é o que vai mais longe ao dizer que a ex-candidata presidencial era "egoísta", por não querer dividir a comida com os outros reféns e colocar a vida dos três em perigo ao dizer às FARC que eles eram da CIA. "Vi como ela tentava apoderar-se do acampamento com uma arrogância desenfreada. Alguns dos guardas tratavam-nos melhor do que ela", afirmou este antigo marine, de 44 anos.

(...)

in DN

domingo, março 01, 2009

Encontro Nacional do PCP sobre as Eleições de 2009




Jerónimo de Sousa, no encerramento do Encontro Nacional do PCP sobre as Eleições de 2009, salientou a necessidade de, «com a nossa iniciativa, a nossa dinâmica de massas e contacto pessoal, trocar as voltas a todos aqueles que querem os portugueses resignados à inevitabilidade das soluções ao jeito dos seus avaros interesses, pondo em marcha uma ampla e vigorosa campanha de esclarecimento que mostre e fundamente a falácia de tais teses e dos reais interesses que encobrem».

Foram mais de 1000 os delegados presentes no encontro.