Aqui posto de comando do Movimento das Palavras Armadas.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Fim da linha...

É no dia em que a Declaração Universal dos Direitos do Homem, que não é tão universal assim, faz 60 anos de idade, que resolvi baixar a cortina sobre este blogue. Foram 4 anos de dedicação a um meio de comunicação que se revelou frutuoso, mostrando tudo aquilo que eu sou. Resta-me, e porque acho que não convém elaborar um grande texto de despedida, agradecer a todos os camaradas que me leram, assim como aos amigos e desconhecidos que fizeram deste local uma forma também de partilha de experiências, ideias e gostos. No fim repito uma das músicas que mais gosto. Porque quem gosta não esquece, nem troca... eu não troco nem trocarei os meus ideais. E porque o blogue morre mas não a minha fidelidade aos ideais, a luta continuará por outras formas. Até amanhã camaradas...

A Luta continua!

A Luta continua!

A Luta continua!

...

Lagrimas Negras


Clicar na Imagem para ouvir

Y aunque tu
me has echao en el abandono.
Y aunque tu
has muerto todas mis ilusiones.
En vez
de maldecirte con justo encono
en mis sueños te colmo,
en mis sueños te colmo de bediciones.

Sufro la inmensa pena de tu extravio
siento el dolor profundo de tu partida.
Y lloro sin que tu sepas que el llanto mio
tiene lagrimas negras,
tiene lagrimas negras como mi vida.

Que tu me quieres dejar
que yo no quiero sufrir
contigo me voy gitana aunqe me cueste morir.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Hollywood, mon amour


É um projecto delicioso. Marc Collin, produtor dos Nouvelle Vague, chamou a si as vozes de Skye, Juliette Lewis, Cibelle, Yael Naim, Dea Li, Katrine Ottosen, Nadeah, Leelou, Nancy Danino e Bianca Calandra e pediu-lhes isto: revisitem temas clássicos de bandas sonoras dos 80’s. Ou, simplificando em inglês, dêem-me 80’s Movie Songs Reinvented. Hollywood, Mon Amour oferece coisas como Call Me, de American Gigolo (1980), interpretado por Skye; When doves cry, de Purple Rain (1984), pela voz de Nadeah; Eye of the Tiger, de Rocky III, por Katrine Ottosen; ou Footloose, do homónimo Footloose (1984), cantado por Cibelle. Tudo para escutar aqui.

texto retirado do Húmus

domingo, dezembro 07, 2008

Jerónimo de Sousa defende convergência de esquerda

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu, ontem à noite, uma convergência de forças políticas e personalidades de esquerda "preocupadas com o país", mas recusou "uma formatação com todos a pensar a toque de caixa".

"Em relação a esta política, defendemos a convergência de diversos sectores, camadas e até de forças políticas e personalidades que estejam preocupados com o país", mas "não queremos uma formatação dessas forças, no plano social e político, com todos a pensar a toque de caixa", disse Jerónimo de Sousa.

Segundo o líder comunista, seria "importante" que "os sectores de esquerda se clarificassem", tendo em conta a "proposta de fundo" do PCP que parte da "necessidade crucial" de "provocar uma ruptura com esta política" e de fazer um "caminho diferente".

Jerónimo de Sousa falou aos jornalistas após uma intervenção num jantar com cerca de 500 militantes e simpatizantes do PCP na vila alentejana de Cuba (Beja) e que incluiu criticas ao "carácter sectário e fechado" do "fórum de esquerda sobre democracia e serviços públicos", que vai decorrer a 14 de Dezembro "sem a participação do PCP", que "não foi convidado".

"Se é para discutir uma alternativa política não contando com o PCP, força que consideramos determinante para uma política diferente, naturalmente será sempre uma iniciativa curta e fechada".

in Público

sábado, dezembro 06, 2008

Angel of dark day's

















por Daniel Oliveira

O Poço

Cais, às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues
voltar, trazendo restos
do que achaste
pelas profunduras da tua existência.

Meu amor, o que encontras
em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos,
rancorosa e ferida?

Não acharás, amor,
no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo.

Não me temas, não caias
de novo em teu rancor.
Sacode a minha palavra que te veio ferir
e deixa que ela voe pela janela aberta.
Ela voltará a ferir-me
sem que tu a dirijas,
porque foi carregada com um instante duro
e esse instante será desarmado em meu peito.

Radiosa me sorri
se minha boca fere.
Não sou um pastor doce
como em contos de fadas,
mas um lenhador que comparte contigo
terras, vento e espinhos das montanhas.

Dá-me amor, me sorri
e me ajuda a ser bom.
Não te firas em mim, seria inútil,
não me firas a mim porque te feres.


Pablo Neruda




quinta-feira, dezembro 04, 2008

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Sem viver para o directo

"No passado ano, entraram 106 novos camaradas..." "A cobrança de quotas..." "Vendemos mais Avante!..." Estas frases, e outras do mesmo tipo, foram ouvidas à exaustão, durante dois dias e meio, no Campo Pequeno, em Lisboa. Eram os delegados ao XVIII Congresso do PCP, dando conhecimento ao colectivo do balanço das respectivas organizações que os elegeram como representantes. Além de relatarem a dimensão e actividade das organizações, quase todos trataram de afirmar os problemas do respectivo sector, as reivindicações, as críticas à governação.O tipo de discurso mudava apenas quando eram dirigentes de topo que subiam à tribuna para apontar o caminho doutrinário.E foram todos ouvidos e aplaudidos. Isto porque, nos congressos do PCP, os delegados assistem ao próprio congresso e não passeiam pelo recinto ou pela terra onde estão reunidos. Aguentam horas a fio as cascatas de intervenções, feitas exactamente no tempo previsto. Mais: os congressos do PCP começam às nove e meia da manhã e não se reúnem à noite.Os Congressos do PCP são, assim, congressos diferentes dos dos outros partidos. Mas este foi talvez o mais diferente dos congressos partidários dos últimos vinte anos da vida política portuguesa. É que, desta vez, já não há divergências internas suficientemente fortes e com expressão interna significativa para se fazerem ouvir no congresso. Desta vez não houve momentos de expectativa como os que se viveram nos congressos do PCP, desde que, no final dos anos 80, José Luís Judas pediu em pleno congresso o voto secreto - que hoje é obrigatório por lei geral dos partidos políticos -, até ao discurso crítico que Joaquim Miranda proferiu, há quatro anos.É por isso que muitos jornalistas andavam mais ou menos perdidos. Não havia notícia. Ou seja, não havia diferença, imprevisto ou improviso. Apesar de investirem no cenário, no efeito cénico e até na coreografia, os congressos do PCP não são feitos a pensar no sound byte para a rádio, nem no directo da televisão. No PCP, o objectivo é mais revolução.



02.12.2008, São José Almeida in Público

terça-feira, dezembro 02, 2008

Momentos do Congresso...



Para ver mais momentos basta clicar na foto

Para pensar...

(...)
Municiados e fortalecidos pelas conclusões e orientações aqui aprovadas alarguemos este lema:
Sim é possível uma vida melhor para quem trabalha, lutando em defesa de direitos individuais e colectivos, contra o desemprego e a precariedade, por melhores salários e condições de trabalho.

Sim é possível: reformas e pensões mais dignas, melhor protecção na doença e na velhice e às pessoas com deficiência; reforçar o sistema de segurança social público e universal.

Sim, é possível uma outra política para a juventude no trabalho, na escola, na habitação, onde possam construir com estabilidade e felicidade o seu futuro.

Sim, é possível um ensino democrático, uma escola pública determinada pela formação integral do indivíduo e não sua formatação para mercantilizar em conformidade com os interesses do capital.

Sim, é possível um Serviço Nacional de Saúde universal geral e gratuito ao serviço dos portugueses e não ao serviço dos privados e do lucro.

Sim, é possível defender o nosso aparelho produtivo e a produção nacional, dinamizar o mercado interno, apoiar a nossa indústria, a nossa agricultura e as nossas pescas, o pequeno comércio pondo fim à liberalização e às privatizações e à economia de casino.

Sim, é possível acabar com o domínio do poder económico sobre o poder político.

Sim, é possível recuperar a nossa soberania económica e manter a soberania nacional dando combate e recusando uma Europa neoliberal, monetarista, federalista, propondo uma Europa de nações livres e iguais, uma Europa dos trabalhadores e dos povos.

Sim, é possível um país defensor da paz e da cooperação com todos os povos e países.
Mas isso é possível se esta política que vigora há décadas for interrompida, se se retomar e efectivar o projecto que a Constituição da República ainda consagra. Lutemos por isso!
(...)
Excerto do discurso final de Jerónimo de Sousa

Números do Congresso


Dos 1457 delegados ao XVIII Congresso do PCP, 26,7% ( número muito insatisfatório ainda) são mulheres e 73,3% homens; 60,4% dos delegados são dirigentes de movimentos e organizações de massas (dos quais 30% membros de Comissões de Trabalhadores e dirigentes e delegados sindicais); 36,3% dos delegados desempenham cargos públicos em diversos órgãos do poder central e, maioritariamente do poder local. Quanto à composição social dos delegados, o conjunto de operários e empregados atinge os 59%, os intelectuais e quadros técnicos os 29%, os estudantes 5%, os agricultores 0,8%, os pescadores o,2% e os diversos 3%. No que respeita à composição etária, 28 tem menos de 20 anos, 215 entre os 21 e os 30, 232 entre os 31 e os 40, 234 entre os 42 e os 50, 600 entre os 51 e os 64 e 148 têm mais de 64 anos.
Para quem diz que o PCP é um partido envelhecido, eu convido-os a analisar os dados da composição etária em que quase metade dos delegados são de gerações posteriores à Revolução de Abril.

segunda-feira, dezembro 01, 2008

O filme

Este foi o filme que passou no primeiro dia de congresso em homenagem a Álvaro Cunhal, militante comunista antifascista infelizmente desaparecido desde o último Congresso.
Atenção ao discurso de Álvaro Cunhal sobre a definição de SONHO.

Existem "lapsos" assim...


Sessenta delegados votaram contra o actual comité central
O novo comité central do PCP acabou de ser eleito com 1377 votos a favor, 17 abstenções e 70 votos contra. Sabe-se já que José Casanova, apesar de integrar o comité central, não fará parte da comissão política.
Humberto Costa
21:57 Domingo, 30 de Nov de 2008

Alberto Frias
Este é o décimo oitavo congresso do PCP. O segundo dia do XVIII Congresso do PCP ficou marcado pela eleição do comité central, que regista a maior redução de sempre. Sem 41 membros, entram apenas 25 e este órgão passa ter apenas 158 elementos em vez dos 174 eleitos no congresso anterior.
A eleição decorreu durante esta noite e dos 1402 delegados, 1377 votaram a favor, 17 abstiveram-se e 06 votaram contra. A redução do número de membros do comité central prende-se com o facto de no processo de reorganização do ficheiro de número de militantes se ter verificado uma diminuição substancial de filiados. Dos cerca de 80 mil militantes, restam 50 mil.
Outra das novidades, que só será confirmada durante a madrugada, depois do comité central reunir e eleger os outros órgãos dirigentes, será a saída de José Casanova da comissão politica.
No que respeita à composição do comité central, verifica-se uma percentagem de funcionários que se situa muito perto dos 70 por cento, uma média etária de 47 anos e a presença de 39 mulheres, o que dá uma percentagem de 24,7 por cento.
Pela segunda vez esta eleição foi feita por voto secreto, não sem que no próprio regulamento do congresso ficasse lavrado o protesto: "a eleição do comité central por disposição antidemocrática da lei dos partidos, contrária ao direito e à possibilidade que os delegados ao congresso sempre tiveram de decidir democraticamente sobre o método de votação que entendem mais adequado, é feito por voto secreto".
É que não acertaram uma única vez!!

Aqui fica a homenagem a um grande Homem e Artista!

45 anos de carreira partilhados com os amigos e a família. Duas horas de concerto passam em revista uma carreira dedicada ao fado e um grande amor por Lisboa. (...) Uma noite fria e chuvosa não demoveu a população que praticamente lotou a sala ribeirinha para celebrar com Carlos do Carmo uns bem cantados 45 anos de carreira.

In Blitz


















Fotos por Blitz/Rita Carmo/Espanta Espiritos