Aqui posto de comando do Movimento das Palavras Armadas.

sábado, fevereiro 28, 2009

Sia Furler

No ano de 2008, poderemos partilhar com Sia Furler a ideia que Some People Have Real Problems (#26 no Billboard 200) e percorrer todos os temas de um álbum fresco, interessante e cativante que a voz dos Zero 7 nos apresenta. O álbum não aposta nas melodias chillout/electrónica que Sia já nos habituou, uma vez que há uma maior instrumentalização e uma viragem para melodias mais pop. Apesar disso, Some People Have Real Problems é considerado o melhor álbum de Sia até ao momento e o sarcástico single The Girl You Lost To Cocaine é a melodia perfeita e agradável para se ouvir ao longo do dia e, à noite, na melhor discoteca, uma vez que a remistura de Stonebridge já levou o single ao Top 20 dos Club Charts na Alemanha. Assim, só falta saber quem é que perdemos, pois perdidos iremos ficar ao ouvir uma das vozes mais peculiares e originais oriundas da terra dos cangurus que consegue, de forma impressionante, atribuir crédito à música pop com a sua reinterpretação de Gimme More, da miss Britney Spears.

( clicar na imagem para ouvir no myspace)


in
Back to Music, Love and Lifestyle

*

* Blogue na Corda Bamba!



sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Tribunal Constitucional dá razão ao PCP Vitória da Festa do Avante!

Não é fácil ler António Lobo Antunes, porém, não poderá ser posta em causa a sua genialidade literária. Li o seu artigo na Visão, no qual anunciava publicamente a sua retirada da literatura pública. Isto porque Lobo Antunes admitiu que irá continuar a escrever, como antes o fazia sem que ninguém soubesse, e irá, depois de ler as obras erigidas, destruí-las junto do pinheiro da casa da família. Irá assistir sozinho às folhas de papel a desaparecerem desfazendo-se em cinzas. Já pensei várias vezes em eliminar este blogue, não queimando-o porque é impossível, mas fazendo-o evaporar-se com um simples clicar num botão. Ainda não o fiz porque o apego a algo que criamos, torna-se semelhante ao apego a um parente e é isto que me faz confusão na atitude publicada por Lobo Antunes. Como é possível alguém dizer com tanta simplicidade e frieza que destrói algo que sai de dentro de si, com a mesma naturalidade com que atira fora um qualquer objecto sem utilidade? Se fosse Saramago eu sentir-me-ia mais triste, mas tudo se reduz a opções.

Penso seguir-lhe o exemplo... calar a minha voz escrita!


O escritor António Lobo Antunes admite que vai deixar de escrever, numa altura em que se aproximam os 30 anos de carreira literária. “...Mais dois anos e calo-me. Calo-me de vez, já chega. Só queria deixar a obra redonda.”, revela numa entrevista publicada hoje pelo "Diário de Notícias".

Lobo Antunes vai publicar o último livro que escreveu, “Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra no Mar?” e depois deste refere que escreverá apenas mais um para "arredondar" a obra. “Vou publicar este livro que acabei agora e escrever um último livro para arredondar a obra”. Essa é a minha ideia.”, enfatizou o escritor, acrescentando que, “depois, nessa altura, quando sair esse livro que arredonda, que eu penso que me levará dois anos de trabalho, se conseguisse começá-lo este ano, acabam os romances, acabam as crónicas, acaba tudo e não publico mais nada. A minha voz falada ou escrita já não se ouvirá mais”.

Questionado sobre o motivo desta decisão diz: “Porque a obra fica redonda, não faz sentido continuar”. O que fica por saber é a razão pela qual o número redondo dos 30 é diferente do número redondo dos 10 ou dos 40 anos de carreira.

O escritor refere não saber se vai continuar a viver em Lisboa ou se vai para fora do país na altura em que deixar de escrever. “Não sei, nem sei se daqui a dois anos estou vivo. Não sei o que vou fazer. Portugal é a minha terra e cada vez estou mais preso a ela. Se houvesse uma oferta irrecusável...”

Em relação ao novo livro, refere estar bastante satisfeito e confessa: “É um livro óptimo para dar um trabalhão à crítica. Eu queria fazer um romance à maneira clássica, que destruísse todos os romances feitos desse modo.” O escritor revela ainda que já tem um tema para a próxima e última obra, prometendo que vai publicá-la.

in Público

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

The best chippy in Portugal


Eu sempre disse que não gostava de fazer publicidade a nada, mas vou abrir uma excepção para um espaço pertença de um familiar. Upsssss!!! Não deveria ter dito isto... depois de verem o blogue perceberão! Aqui fica o reflexo na internet daquele que é o melhor chippy em Portugal, sem dúvida. Eles parecem loucos mas são boas pessoas.... (basta clicar na imagem).

domingo, fevereiro 22, 2009

Twitter


Para quem gosta de aderir a estas coisas das comunidades, agora há uma nova e cada vez mais utilizada comunidade. Falo do Twitter. Esta ferramenta permite-te dizer o que fazes em cada momento e em Portugal são já 10 mil os seguidores. Apesar da sua limitação (da ferramenta), consegue-se encontrar boas páginas, como é o caso da do Bruno Nogueira. É divertido ler o que o Bruno faz a cada momento.... É verdade que talvez não permita uma exposição visual muito grande, portanto, o número de seguidores apenas será grande se se conseguir ser criativo e puxar pela cabecinha e não pela exposição fotográfica.

sábado, fevereiro 21, 2009

PCP promove pedido de fiscalização do Código de Trabalho


Um grupo de 34 deputados vai entregar no Tribunal Constitucional um pedido de fiscalização abstracta da constitucionalidade do Código do Trabalho, respondendo afirmativamente a uma proposta avançada pelo PCP. O grupo de 34 deputados integra parlamentares das bancadas do PCP, BE, PEV, PS e PSD. Esta iniciativa levará a que o Tribunal Constitucional se pronuncie sobre a conformidade com a Constituição de algumas das mais graves normas do Código do Trabalho.Em simultâneo, também em resposta a uma proposta do PCP, 27 deputados de várias bancadas subscreveram outros dois pedidos de fiscalização abstracta da constitucionalidade, designadamente sobre a Lei dos Vínculos, Carreiras e Remunerações e sobre a Lei da Aposentação, relativas aos trabalhadores da administração pública.

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Blogue


Na distribuição de pastas, Ricardo Araújo Pereira escolhe o Ministério da Ciência e Tecnologia, João Miguel Tavares escolhe a pasta do ministro da Presidência para poder dar conselhos a José Sócrates. Pedro Mexia escolheu a pasta dos Negócios Estrangeiros. Está reunido o Governo Sombra!

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Doi-me o Mundo de pensar. Estranho não é pensar, mas doer o Mundo de pensar. O que não é o Mundo senão o Eu? Todos pensamos no Eu e pouco no Nós. O Mundo passou a ser egoísta e ensimesmado, fechado numa redoma de vidro e pensando apenas em Eu. Como se o Mundo não fosse uma soma, multiplicação e subtracção de Eus. O Eu é apenas um átomo, uma partícula que compõe o Nós, o Mundo. Não deveria ser normal doer o Mundo por se pensar, mas doer a cabeça por se pensar neste mundo...

«Maradona by Kusturica»: o perfil do campeão

O ex-astro do futebol mundial Diego Maradona esteve em Cannes no dia 10 para promover um documentário sobre a sua vida. «Maradona by Kusturica» permitiu ao realizador Emir Kusturica expressar a sua admiração pela lenda do desporto, noticia a Reuters.

«Hoje em dia, quando a popularidade é projectada através do futebol como um desporto supremo no mundo, ele fica habilitado a tornar-se num Deus», afirmou Kusturica na conferência de imprensa.

Kusturica, duas vezes vencedor da Palma de Ouro, começou a fazer o documentário «Maradona» em 2005, quando o antigo campeão do Mundo estava a lutar contra problemas de saúde e contra os efeitos do consumo de drogas.

«Não era muito difícil falar disso. O que é interessa é que sobrevivi para falar sobre o assunto», assumiu El Pibe.

«Não somos obrigados a pensar como os Americanos»

O documentário incide muito pouco sobre a carreira futebolística de Maradona, focando-se com frequência no realizador, que na apresentação do filme é apresentado como «o Maradona do cinema».

Maradonna aparece no filme a denunciar George W. Bush, sentado ao lado de Fidel Castro, à mesa com a família de Kusturica e ainda em protestos anti-globalização.

«Não somos obrigados a pensar como os americanos. Temos o direito de pensar, falar e de nos expressarmos. Todos temos o direito à liberdade», afirmou o craque.

A auto-proclamada Igreja de Maradona, onde são celebrados casamentos e serviços pseudo-religiosos, é mostrada no documentário assim como a multidão de Nápoles, cidade onde atingiu os seus maiores sucessos, que aplaude o craque quando este chega

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Dizemos

Dizemos aos confusos, Conhece-te a ti mesmo, como se conhecer-se a si mesmo não fosse a quinta e mais difícil operação das aritméticas humanas, dizemos aos abúlicos, Querer é poder, como se as realidades bestiais do mundo não se divertissem a inverter todos os dias a posição relativa dos verbos, dizemos aos indecisos, Começar pelo princípio, como se esse princípio fosse a ponta sempre visível de um fio mal enrolado que bastasse puxar e ir puxando até chegarmos à outra ponta, a do fim, e como se, entre a primeira e a segunda, tivéssemos tido nas mãos uma linha lisa e contínua em que não havia sido preciso desfazer nós nem desenredar emanharados, coisa impossível de acontecer na vida dos novelos, e, se uma outra frase de efeito é permitida, nos novelos da vida.

In O Caderno de Saramago

Chavez ganhou, todos nós ganhámos Comunicado de imprensa da Delegação


Neste domingo, 15 de Agosto, o povo da Venezuela tomou a decisão histórica de dizer NÃO à revogação do Presidente Hugo Chavez Frias, e, ao invés, reafirmou inequivocamente o seu mandato e as políticas do seu governo. Expressamos a nossa mais profunda satisfação e felicidade por esta clara expressão do NÃO ao neoliberalismo, do NÃO à mercantilização de tudo, do NÃO à intervenção estrangeira, do NÃO à desestabilização da Venezuela e do NÃO ao ALCA.

Esta vitória na Venezuela é uma vitória dos povos de todo o mundo; deverá ser atribuída principalmente às reformas políticas e sociais levadas a cabo por este governo com a participação real da população. O resultado do referendo deve-se à capacidade de combinar justiça social e respeito pelas liberdades cívicas e os direitos humanos. Deve-se também à vontade política de usar a riqueza do país para o bem-estar de todos os venezuelanos, e aos esforços do governo para construir um mundo mais pacífico com uma integração baseada em relações mais igualitárias entre países.

O muito alto nível de participação nesta eleição é significativo e constitui para nós, europeus, um contraste cruel com o muito baixo nível de participação nas eleições europeias, e é provavelmente imputável às claras escolhas políticas feitas pelo Projecto Bolivariano na construção de alternativas ao neoliberalismo e na construção de pontes entre instituições e participação popular.

Apelamos a todos os sectores da oposição para respeitarem os resultados tornados públicos pela mais alta autoridade eleitoral da Venezuela, deixando para trás quaisquer tentativas de desestabilização do governo e respondendo positivamente aos apelos para o diálogo feitos pelo governo.

• Vittorio Agnoletto, Itália, deputado ao Parlamento Europeu pelo Grupo da Esquerda Unitária Europeia (GUE/NGL), ex-coordenador do Fórum Social Europeu de Génova e ex-membro do Conselho Internacional para o Fórum Social Mundial de Porto Alegre • Josy Dubié, Bélgica, membro do partido ECOLO, ex-presidente do Comité de Justiça no Senado • Sahra Wagenknecht, Alemanha, deputada ao Parlamento Europeu pelo Grupo da Esquerda Unitária Europeia (GUE/NGL) • Jaromir Kohicek, República Checa, deputado ao Parlamento Europeu pelo Grupo da Esquerda Unitária Europeia (GUE/NGL) • Sfia Bouarfa, Bélgica, senadora do Partido Socialista (PS), presidente do Comité Bélgica-Venezuela do IPU • Athanassios Pafilis, Grécia, deputado ao Parlamento Europeu pelo Grupo da Esquerda Unitária Europeia (GUE/NGL) • Jean Cornil, Bélgica, senador do Partido Socialista (PS) • Ilda Figueiredo, Portugal, deputada ao Parlamento Europeu pelo Grupo da Esquerda Unitária Europeia (GUE/NGL) • Isaura Navarro Casillas, Espanha, deputada do Parlamento Nacional pela Esquerda Unida • Giusto Catania, Itália (Sicília), deputado ao Parlamento Europeu pelo Grupo da Esquerda Unitária Europeia (GUE/NGL)


in PCP

VALOR: 108 milhões de euros

























Jackson Pollock, n.º5

domingo, fevereiro 15, 2009

Em nome do Trabalho

Vigília pelo Emprego e de Solidariedade junto Câmara Municipal de Santa Maria da Feira JOAO ABREU MIRANDA/LUSA





Santa Maria da Feira, 14 Fev (Lusa) - Jerónimo de Sousa defende que o Código de Trabalho deveria impedir as grandes empresas que receberam apoios do Estado -- como "é o caso dos patrocínios obscenos aos amorins e aos belmiros" - de usarem a crise como "desculpa" para despedir.

Num comício realizado hoje em Lourosa, concelho de Santa Maria da Feira, o secretário-geral do PCP defendeu que os grandes grupos empresariais, "com condições financeiras para aguentarem os efeitos da diminuição da procura", não deveriam poder usar a crise "como engodo para se verem livres dos trabalhadores".

O líder comunista referia-se aos despedimentos colectivos que se vêm verificando no distrito de Aveiro, em empresas como a Amorim, Suberus, Eccolet, Cifial, Granorte e Aerosoles (todas sedeadas no município da Feira, com excepção para a última, instalada no concelho de Ovar).

No caso da Corticeira Amorim, Jerónimo de Sousa rejeita que o despedimento recente de 193 trabalhadores seja motivado por dificuldades económicas: "O valor nominal de algumas das suas muitas empresas pode ter caído, mas amanhã ou depois novas operações especulativas multiplicam-lhes por dois, cinco ou 10 o valor das acções".

"Não é a questão de [Américo Amorim] ser só o homem mais rico do país e aquele a quem o Governo deu uma rica fatia da Galp (...) mas não me surpreenderá que, depois da crise, tornem a ir buscar esses mesmos trabalhadores que, nessa altura, já estarão em situação precária", afirmou o líder comunista.

A nível nacional, "também é curioso ouvir o Governo dizer que está a fazer uma política de promoção do emprego e depois, ao ler o PEC [Programa Estabilidade e Crescimento], ver que o PS quer simplesmente eliminar 56 mil postos de trabalho na Administração Pública" até 2011.

Para Jerónimo de Sousa, "a pressão para reduzir os direitos dos trabalhadores em nome da manutenção do emprego está a ganhar caminho" e o novo Código do Trabalho, com a "leitura trapalhona" que fez de algumas matérias, "é mais um instrumento de pressão sobre esses direitos".

O secretário-geral do PCP quer por isso apresentar ao Tribunal Constitucional um requerimento apelando à "fiscalização sucessiva" das alterações ao Código do Trabalho.

Sem especificar datas mas garantindo à Lusa que é "para muito breve", o líder realçou que "o requerimento vai ser apresentado por iniciativa do PCP mas conta com participação de outros deputados da Assembleia legislativa", sendo que, nesta fase, o partido está a proceder à recolha de assinaturas.

sábado, fevereiro 14, 2009

Lily Allen



Depois da chegada fulgurante com o irresistível "Alright, Still", Lily Allen volta à carga e a usar a vírgula no título de um disco, com o segundo álbum "It's Not Me, It's You". (...) Mesmo sem a frescura de "Alright, Still", "It's Not Me, It's You" acaba por ser um agradável álbum transversal de pop clássico (...)

in Cotonete

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

O Analfabeto Político

O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe,
da farinha, da renda de casa, dos sapatos, dos remédios,
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e
enche o peito de ar dizendo que odeia a política.
Não sabe, o idiota,
que da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos
que é o político vigarista, aldrabão,
o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.



Bertold Brecht
(10.2.1898 – 14.8.1956)

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Takashi Murakami, não confundir com o escritor Haruki Murakami!


Takashi Murakami (nascido em 1963), é um dos mais inspirados e provocantes artistas japoneses da década de 90. O seu trabalho envolve desde pinturas cartoonistas à esculturas quase minimalistas e/ou gigantes balões insufláveis. Ele ainda produz bonecos, relógios, t-shirt's(entre outros produtos), muitos com o seu emblema-assinatura, o personagem Mr. DOB. Murakami tornou-se uma marca.
Inspirando um espírito sorridente e optimista na Espanha, o Museu Guggenheim de Bilbao apresenta até 13 de maio uma retrospectiva da obra do reverenciado artista. A exposição compreende mais de 90 obras do “Andy Warhol japonês” – que mistura a cultura pop com a arte tradicional nipônica em pinturas, esculturas, instalações e animações –, apresentadas em três etapas distintas. A primeira é referente à geração neo-pop japonesa, do início dos anos 90. A segunda é dedicada à evolução de DOB, seu alterego, e à corrente otaku, uma subcultura obcecada por mangás.
Para ver e saber mais visite

Malhar nos portugueses!


Quando a coisa corria mal a Guterres, o contra-ataque vinha no registo trauliteiro que o país conhecia em Jorge Coelho. "Quem se mete com o PS leva", imortalizou-o nos anais da ameaça política em Portugal. Com Sócrates, o ex-dono do aparelho do PS tem vários candidatos a sucessor. Santos Silva, por exemplo, quer fazer esquecer Coelho na arte da agressão verbal e da ofensa política sem sentido.
Ao ameaçar "malhar no PCP", Santos Silva recupera a "escola de Extrema-Esquerda" em que se formou, quando já então acusava os comunistas de "conservadores e reaccionários". Quem tem idade suficiente ainda se lembra do carinho com que a Direita e a Extrema-Direita ouviam estes e outros mimos discursivos...
Mas, tal como antes, Santos Silva sabe bem quanto este estilo visa desviar as atenções do que mais certeiramente atinge o poder instalado. O que Santos Silva quis foi que os militantes do PS não reflectissem sobre o "medo de falar no interior do PS" (denunciado por um deles em reunião partidária), impedindo assim o efeito de contágio desta acusação; o que Santos Silva sobretudo quer é impedir que o país perceba a real dimensão daquilo em que estão a transformar o PS em Portugal.
Aliás, o Governo já não governa. Limita-se a tapar buracos e a desviar as atenções para aparecer como anjinho nas próximas eleições. Para isso se prepara, mais que governa.
De um lado, Mário Lino exige às empresas meio milhão de euros por cerimónia corta-fitas, a organizar pelo núcleo de propaganda do Governo e a pagar, é claro, por todos nós…; de outro lado, ao mesmo tempo que desperdiça meios e oportunidades, Sócrates repete até à exaustão a urgência de agir e apresentar caminhos enquanto rejeita tudo o que se lhe apresenta e propõe, insistindo em vitimizar-se e usando até as revistas cor-de- -rosa para adocicar a imagem.
Parafraseando Santos Silva, afinal em quem é que o PS quer malhar? No PCP ou nos portugueses?
In JN

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

A vida intima de Salazar!

Foi extenuante a publicidade, feita de forma agressiva, à mini-série da Vida privada de Salazar que foi exibida na SIC no Domingo e Segunda-Feira. Tirei desta, de imediato, uma conclusão simples sobre a obra de ficção. Se Salazar tivesse vivido hodiernamente, com todas as Marias, VIP's, Nova gente e afins, Salazar seria a imagem do Santana Lopes. O homem de Estado engatatão, charmoso e delicado para com as mulheres. Formas simples de se rotularem as pessoas!
A série preferiu o lirismo da vida intima do estadista, à "vida pública" mesmo que sendo esta última aquela que influenciou a vida privada de milhões de portugueses. Qualquer monstro político tem a sua face mais delicada e sensível, mas isso não interessa nem nunca interessaria aos Portugueses que trabalhavam de sol a sol sem ganharem o justo para poderem ao menos remediar a sua vida privada, nem àqueles que exigindo os mais básicos direitos eram presos, torturados e condenados por uma Justiça parcial. Se tinha como objectivo entreter, acho que o conseguiu, se tinha como objectivo ensinar duvido. Em termos historicos a série é irrelevante, independentemente dos factos serem verdadeiros ou falsos. Optei por a não ver, porque a vida intima de cada um só a si diz respeito...

Está bem... façamos de conta


Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.
Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos.


Mario Crespo in JN



Apesar de não indentificar-me com a totalidade do artigo ele serve para reforçar a ideia que eu já tinha transcrito para o meu blogue em artigo da minha autoria.

Hadash sai reforçado...


Hadash (acrónimo hebraico de Frente democrática de paz e igualdade) é um partido judeu-árabe comunista. No parlamento israelita (Knesset), passa a ocupar 4 lugares em vez dos 3 que ocupava, vendo reforçada a sua base eleitoral nestas últimas eleições Israelitas. Pelo feito ficam aqui as nossas saudações.

terça-feira, fevereiro 10, 2009

Karl Marx, in «O Capital», em 1867



Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Algures no Alentejo (Faro do Alentejo-Cuba)


Por Luís Oliveira

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Será Surdo!?

José Sócrates considerou, ontem à noite, que “o dever dos líderes políticos é apresentar propostas para resolver os problemas”, tendo em conta a “grave crise” financeira e económica internacional que se vive.
“O País está cansado daqueles que dizem aos portugueses o que é que não pudemos fazer, em vez de fazerem aquilo que devem, isto é, dizerem aos portugueses aquilo que é possível, que é desejável e que o País deve ambicionar fazer num momento destes”, afirmou José Sócrates.“O dever dos líderes políticos não é descrever o problema. O dever dos líderes políticos é apresentar propostas para resolver os problemas”, acentuou o líder dos socialistas, que aproveitou para explicar a agenda do Governo para fazer face à crise, reiterando a aposta na estabilidade do sistema financeiro, no investimento público e no apoio às empresas e às famílias.
Talvez não queira saber ou tenha a memória curta, mas devo-lhe lembrar ao senhor Sócrates que o PCP apresentou um pacote concreto de medidas contra a crise. Se é surdo o senhor o problema será seu...

A minúcia!


Johannes Vermeer (Delft, 31 de Outubro de 1632 - Delft, 15 de Dezembro de 1675) foi um pintor holandês, que também é conhecido como Vermeer de Delft ou Johannes van der Meer.
Vermeer viveu toda a sua vida na sua terra natal, onde está sepultado na Igreja Velha (Oude Kerk) de Delft.
É o segundo pintor holandês mais famoso do século XVII (um período que é conhecido por Idade de Ouro Holandesa, devido às espantosas conquistas culturais e artísticas do país nessa época), depois de Rembrandt. Os seus quadros são admirados pelas suas cores transparentes, composições inteligentes e brilhante uso da luz.
A Rendeira

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Bon Iver - Talvez o melhor disco do ano 2008


É sem margens para dúvida o melhor disco do ano este ‘for emma, forever ago ‘ de Bon Iver.
Reza a lenda que terá sido escrito numa remota cabana do Wisconsin (wikipédia) durante a convalescença do autor da ressaca de um desgosto amoroso e de facto este é um disco muito apropriado para estes dias cinzentos de chuva. O disco foi quase inteiramente gravado na cabana mas depois foi masterizado e produzido em estúdio, apenas acrescentado de alguns instrumentos.

A primeira coisa que sobressai do disco é justamente a voz de Bon Iver (alias de Justin Vernon) e a simplicidade aparente de algumas músicas e de facto o disco vive da conjugação destes dois factores. As letras apesar de simples estão recheadas de pequenas pérolas como “someday my pain, someday my pain/will mark you/harness your blame, harness your blame/and walk through” em the wolfes (act I & II) ou “i tell my love to wreck it all/cut out all the ropes and let me fall” em skinny love.
É um disco recheado de boas canções, uma viagem por entre a solidão, o amor e a desilusão; como já não ouvia há algum tempo e é tão difícil destacar uma única canção entre as dez que integram o disco que nem me atrevo a fazê-lo. Musicalmente diverso, com influências várias, desde a country ao soul e r&b, ‘for emma…’ é um disco único, precioso e intimista que se agarra ao leitor de mp3 e que se cola a nós como o frio de inverno. A voz em falsete remete-nos para pequenas histórias, mete-nos dentro delas e agarra-nos de tal forma que não temos vontade de acabem.

Retirado do elogio da sombra por Mário Venda Nova


Pode ouvi-lo aqui na rádio do blogue, ou pode clicar no link para o myspace de Bon Iver