A poesia popular é reveladora de um “mundo social” e de uma avaliação cósmica muito contundente.
E isso é verdade, particularmente, no caso dos poetas populares alentejanos.
E isso é verdade, particularmente, no caso dos poetas populares alentejanos.
“Esquinas de Alvito
memórias de branco
dos trabalhadores
nos meses de Inverno
às portas pedindo
uma esmola de pão.
E os velhos morreram
e o tempo passou
igual a uma dor
e até a pobreza
mudou de morada.
Ficou o Charneco
que assobiava
p’las ruas da vila
tocando na caixa
a marcha dolente
da gente sem nada.”
Sebastião Penedo, do Alvito
1 comentário:
S’ê fosse rico, tivesse
Fazenda com abundância,
Send’s a mesma pessoa
Tinha dobrada importância.
(Cancioneiro popular alentejano)
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