Creio no lucro, seu tão legítimo filho, e no crédito, o Espírito-Santo, que dele procede e com ele é adorado.
Creio no Ouro e na Prata, os quais, torturados na Casa da Moeda, fundidos nos cadinhos e martelados nas máquinas, reaparecem ao mundo como moeda legal; e que, depois de circularem por toda a terra, descem às caves do banco para ressuscitar como Papel-Moeda.
Creio no juro de cinco por cento, de quatro ou três por cento e na Cotação real dos valores.
Creio no Grande Livro da Dívida Pública, que protege o Capital dos riscos do Comércio, da Indústria e da Usura.
Creio na Propriedade individual, fruto do trabalho dos outros e na sua continuidade até ao fim dos séculos.
Creio na necessidade da Miséria, fonte dos assalariados e mãe do sobretrabalho.
Creio na Eternidade do Salariato, que livra o trabalhador das preocupações da propriedade.
Creio no prolongamento do dia de trabalho e na redução dos salários e também na falsificação dos produtos.
Creio no dogma sagrado: COMPRAR BARATO E VENDER CARO. E, do mesmo modo, creio nos princípios eternos da nossa Santa Igreja, a Economia política oficial. Amém.
2 comentários:
Ningém nasce para ser escravo. Ninguém procura sofrer humilhações e injustiças.
Por essa razão a absoluta e imoral violência imposta pelo capitalismo, dá origem à revolta dos oprimidos pela sua libertação e por um mundo mais justo e humanizado.
A juventude perde a confiança nas instituições que afirmam belos princípios, mas sem nunca se decidirem a fazê-los efectivar na vida real.
Compreendem, então, que só os partidos revolucionários proporcionam a necessária mudança!
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