Aqui posto de comando do Movimento das Palavras Armadas.

segunda-feira, maio 11, 2009

A actualidade de Paul Lafargue e as “miudezas” ideológicas:

“Deveres do Capitalista - 12. O capitalista não é, ideologicamente, como o esquilo que na gaiola se limita a roer, roer… sem nada roer.”

Paul Lafargue, A Religião do Capital, Jornal Le Socialiste, 1886


George Grosz, Jornada cinzenta, 1921

2 comentários:

alice disse...

O processo de desmistificação da classe dirigente alemã é aprofundado por um artista explicitamente político, o desenhista e caricaturista George Drosz. De 1916 a 1932, quando a perseguição nazi o obriga a exilar-se nos EUA, conduziu uma luta política sem quartel, atacando e denunciando com rude sarcasmo as classes dirigentes, militares e capitalistas, responsáveis e exploradoras da guerra e da derrota. Ele não precisa de recorrer à invectiva: a fria análise da situação basta para revelar, sob a máscara da responsabilidade burguesa, a perversão dos instintos, a sombria luxúria da violência e de poder. Utiliza os mais modernos processos de comunicação visual (inclusive o Cubismo e o Futurismo) para sintetizar na mesma figura os aspectos contraditórios de uma sociabilidade exterior e uma associabilidade de fundo; é o primeiro a desvendar o autoritarismo político, na avidez pelo poder, na corrida à riqueza aos sintomas de neurose, de uma loucura perigosa e talvez fatal, de um censurável embrutecimento do mundo. A sua obra demandava o desdém e a fúria contra a burguesia ávida e cruel, posteriormente degenerada no nazismo.

Anónimo disse...

Este quadro(Os Pilares da Sociedade, 1926)era uma das obras preferidas de George Grosz, pintor expressionista alemão do grupo Nova Objectividade. Num só quadro representa os tipos sociais que ele odiou durante muito tempo.