Intervenção de Álvaro Cunhal no seu julgamento no Tribunal Plenário, de 2 a 9 de Maio de 1950:
“Como membro do PCP, como filho adoptivo do proletariado, cumpri os meus deveres para com o meu partido e o meu povo. É isto que interessa que fique provado (…).
De facto, na PIDE foram-me feitas variadas perguntas relacionadas com a minha actividade política.
A todas elas me recusei a responder com o fundamento - que mantenho - de que um membro do Partido Comunista Português (…) não tem quaisquer declarações a fazer à polícia política.
“Da primeira vez que fui preso, como me negasse a prestar declarações, algemaram-me, meteram-me no meio de uma roda de agentes (da PIDE) e espancaram-me a murro, pontapé, cavalo-marinho e com umas grossas tábuas com uns cabos apropriados. (…) Isto repetiu-se numerosas vezes, durante largo tempo, até que perdi os sentidos, estando 5 dias sem praticamente dar acordo de mim.”
“Como membro do PCP, como filho adoptivo do proletariado, cumpri os meus deveres para com o meu partido e o meu povo. É isto que interessa que fique provado (…).
De facto, na PIDE foram-me feitas variadas perguntas relacionadas com a minha actividade política.
A todas elas me recusei a responder com o fundamento - que mantenho - de que um membro do Partido Comunista Português (…) não tem quaisquer declarações a fazer à polícia política.
“Da primeira vez que fui preso, como me negasse a prestar declarações, algemaram-me, meteram-me no meio de uma roda de agentes (da PIDE) e espancaram-me a murro, pontapé, cavalo-marinho e com umas grossas tábuas com uns cabos apropriados. (…) Isto repetiu-se numerosas vezes, durante largo tempo, até que perdi os sentidos, estando 5 dias sem praticamente dar acordo de mim.”
Álvaro Cunhal, Desenhos da Prisão
alfa
Sem comentários:
Enviar um comentário