Aqui posto de comando do Movimento das Palavras Armadas.

sexta-feira, maio 01, 2009

1º Maio – memória colectiva dos trabalhadores!

http://www.museudochiado-ipmuseus.pt/image/view/454/preview

Júlio Pomar, O Gadanheiro, 1945, óleo sobre tela,

Museu de Arte Contemporânea/Museu do Chiado, Lisboa

O Gadanheiro de Júlio Pomar constitui uma das mais belas imagens do neo-realismo português. Representa o herói do mundo do trabalho, imagem anónima e símbolo de resistência.

Sobre os montes que se estendem até à linha do horizonte surge a figura exuberante do trabalhador, de gestos certeiros, ritmados e vertiginosos segurando com firmeza a gadanha com que corta o feno.

A dinamicidade do corpo do trabalhador transforma-o em máquina. O ritmo dos braços complementa a robustez musculada das pernas que sustentam o equilíbrio do corpo e, no rosto, o esgar da dor e do esforço dispendido. Um corpo que avança decidido sobre observador e parece irromper e saltar da tela.

Um pormenor se destaca deste conjunto. O enorme pé, base do equilíbrio corporal e a mão firme, grossa pela aspereza do silêncio do trabalho.

ceujaime


2 comentários:

Anónimo disse...

O 1º de Maio é um dia histórico na luta contra o capitalismo e a restrição dos direitos dos trabalhadores.
Viva o 1º de Maio!

Anónimo disse...

O Dia do Trabalhador foi pela primeira vez assinalado, em múltiplos países em simultâneo, inclusive em Portugal, no 1º de Maio de 1890.
Cumprindo prontamente a orientação que havia emanado dos dois Congressos Operários de Paris, realizados no ano anterior, o operariado português também saiu às ruas nesse dia, reclamando a redução da jornada de trabalho. A iniciativa foi conduzida pela Associação dos Trabalhadores da Região Portuguesa.
A partir dessa data, o 1º Maio nunca mais deixou de ser comemorado como dia da solidariedade internacional de todos os trabalhadores.
Em Portugal, no tempo do fascismo o 1º de Maio foi comemorado em condições de grande repressão e de controlo pela PIDE dos antifascistas.
Mas, apesar de tudo, o 1ª de Maio permaneceu sempre vivo no coração dos trabalhadores portugueses.