«Hoje em dia, quando a popularidade é projectada através do futebol como um desporto supremo no mundo, ele fica habilitado a tornar-se num Deus», afirmou Kusturica na conferência de imprensa.
Kusturica, duas vezes vencedor da Palma de Ouro, começou a fazer o documentário «Maradona» em 2005, quando o antigo campeão do Mundo estava a lutar contra problemas de saúde e contra os efeitos do consumo de drogas.
«Não era muito difícil falar disso. O que é interessa é que sobrevivi para falar sobre o assunto», assumiu El Pibe.
«Não somos obrigados a pensar como os Americanos»
O documentário incide muito pouco sobre a carreira futebolística de Maradona, focando-se com frequência no realizador, que na apresentação do filme é apresentado como «o Maradona do cinema».
Maradonna aparece no filme a denunciar George W. Bush, sentado ao lado de Fidel Castro, à mesa com a família de Kusturica e ainda em protestos anti-globalização.
«Não somos obrigados a pensar como os americanos. Temos o direito de pensar, falar e de nos expressarmos. Todos temos o direito à liberdade», afirmou o craque.
A auto-proclamada Igreja de Maradona, onde são celebrados casamentos e serviços pseudo-religiosos, é mostrada no documentário assim como a multidão de Nápoles, cidade onde atingiu os seus maiores sucessos, que aplaude o craque quando este chega
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