“(...) Fidel Castro tem também o hábito de fazer os mais rasgados elogios a Cuba e ao sistema que implantou no país. Gosta, por exemplo, de elogiar o intricado sistema eleitoral cubano, em que as províncias elegem os órgãos de base que, por sua vez, vão elegendo outros órgãos por aí a cima, até se chegar à cúpula. É um sistema original, mas naturalmente com falhas. No parlamento cubano, por exemplo, raramente se vota. As decisões são sempre tomadas por consenso. «E quando não há consenso?», indaguei a certa altura. Responderam-me que se continua a discutir até se conseguir. Como democratas pluralistas e multipartidários, isto é algo que nos choca. (...)
a verdade é que o sistema cubano não deixa de ter aspectos positivos. (...) Na saúde alcançaram, de facto, um êxito enorme, e todo o sistema demonstra um alto nível de qualidade. Os números só reforçam essa impressão: um médico por cada 162 habitantes.
A educação é, tal como a saúde, gratuita a todos os níveis. E, durante a nossa visita, pudemos constatar isso mesmo quando nos deslocámos a uma universidade para os primeiros dois anos do curso de Medicina, que era frequentada por alunos oriundos de todo o Mundo. Ali, os jovens estudam de graça, comem de graça e dormem de graça. Nacionais e estrangeiros, em especial de países da América Latina e de África. (...)
A criminalidade é reduzida e está controlada. O problema da droga não tem grande expressão. E a SIDA está sob controlo. Não se vê ninguém mal vestido ou com cara de fome. São estes os trunfos que Fidel apresenta em defesa do seu sistema. (...)"
Almeida Santos
In “Visão” 9 de Novembro de 2000
a verdade é que o sistema cubano não deixa de ter aspectos positivos. (...) Na saúde alcançaram, de facto, um êxito enorme, e todo o sistema demonstra um alto nível de qualidade. Os números só reforçam essa impressão: um médico por cada 162 habitantes.
A educação é, tal como a saúde, gratuita a todos os níveis. E, durante a nossa visita, pudemos constatar isso mesmo quando nos deslocámos a uma universidade para os primeiros dois anos do curso de Medicina, que era frequentada por alunos oriundos de todo o Mundo. Ali, os jovens estudam de graça, comem de graça e dormem de graça. Nacionais e estrangeiros, em especial de países da América Latina e de África. (...)
A criminalidade é reduzida e está controlada. O problema da droga não tem grande expressão. E a SIDA está sob controlo. Não se vê ninguém mal vestido ou com cara de fome. São estes os trunfos que Fidel apresenta em defesa do seu sistema. (...)"
Almeida Santos
In “Visão” 9 de Novembro de 2000
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