foto ceujaime – para os lados da senhora da represa (Vila Ruiva).
O salto ao pomar de alperces dourados. A tarde cheia de nada passada à sombra fresca de uma árvore serena. O saber esperar. O não saber esperar. A revolução do espírito e das dúvidas que no corpo se agitam. A contemplação da graciosidade da vida. A preocupação pela rudeza da vida. A correria pela valorização profissional. A esperança de um regresso que nos acompanhe nos caminhos que percorremos sozinhos. O amor indescritível às coisas e aos seres. Os saquinhos de cheiro de alfazema seca. A conversa interminável à volta de uma chávena de café. A feliz banalidade dos dias. A infeliz banalidade dos dias. O gosto das amoras maduras que se ocultam nas silvas dos caminhos. O lamento do tempo que não regressará nunca mais.
alfa
1 comentário:
Muito bonito... Parabéns!
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