Depois veio o caso da Licenciatura de Sócrates na Universidade Independente. Um boato que tanto era de difícil prova, como era de difícil desmentido, deixando uma nuvem de suspeição que nunca chegou a desfazer-se completamente. A verdade é que apesar de não se ter provado a possível ilicitude na obtenção do "canudo", essencial para se subir na hierarquia de um Partido como o Socialista, as dúvidas sobre coisas menos naturais neste procedimento também subsistiram. A seguir vieram os casos dos projectos assinados pelo Primeiro-Ministro na Guarda, que mereceu uma investigação por parte da Câmara Municipal. Suspeitava-se, na altura, que o Primeiro-Ministro teria assinado projectos da autoria de um funcionário e amigo da Câmara que não o poderia fazer por imposição da lei, prática esta que a ter acontecido seria uma fraude à lei, no entendimento de alguns penalistas. Nada ficou mais uma vez provado, mas a suspeição manteve-se e mantém-se. Agora foi o reacender do Caso Freeport. A verdade é que todo e qualquer cidadão é inocente até condenação
A Honra, que ele disse querer defender, está afectada desde que foi eleito com base na mentira e tem-se vindo a deteriorar com a descoberta do seu envolvimento em processos esquisitos para as práticas habituais.
Outra das atitudes que me tem vindo a deixar perplexo é o facto de José Sócrates, apesar de tentar disfarçar, mostrar saber mais do que um comum cidadão português deveria saber sobre um caso em investigação e por isso em segredo de Justiça. Se os jornalistas não podem saber o que está em segredo de Justiça, como o disse e bem Sócrates, a verdade é que José Sócrates não pode desmenti-los mostrando conhecer o Processo.
Por mais que Sócrates venha a público em Conferências de impressa defender a sua honra, ela é todos os dias afectada, tendo como último episódio o relatório que era da OCDE, mas que depois não era da OCDE, mas que ele nunca tinha dito que fora um relatório da OCDE. O caso é Sócrates e não o Freeport.