Nos Açores o PS venceu com maioria absoluta, elegendo 30 deputados. O PSD elegeu 18 deputados, tendo descido 20 pontos percentuais. O CDS-PP subiu em número de deputados, tendo eleito 5 deputados, mais 3 do que os que já tinha anteriormente. O BE triplicou o número de votos, estreando-se com 2 deputados e a CDU volta ao parlamento regional com um deputado, com sensivelmente o mesmo número de votos que teve anteriormente. A grande surpresa fica-se pela eleição de um deputado do PPM! Por outro lado a abstenção supera os 50%.
Em resumo, os grandes vencedores são o PS, o CDS-PP que garante uma subida bastante significativa e o BE que triplica o número de votos e o PPM que contra todas as expectativas elege um deputado. Os derrotados são o PSD que não conseguiu aproveitar o desgaste provocado ao PS por tantos anos de poder e a CDU que não conseguiu capitalizar o descontentamento que se reflecte no número da abstenção. Carlos César tem razão quando diz que não é culpa do PS o número da abstenção, porque cabe aos partidos da oposição mobilizarem os eleitores descontentes a votarem em si, mas a abstenção é um mau reflexo num sistema cuja legitimidade é baseada na participação popular. Caso Carlos César não tenha ainda notado, acabou por ser eleito por uma maioria mas de apenas metade da população eleitora, legitimidade democrática algo duvidosa esta! A verdade é que a CDU deveria, à semelhança do BE, ser capaz de capitalizar o descontentamento e assim subir em termos percentuais. A recuperação da representação parlamentar não justifica qualquer satisfação, quando essa representação deveria ser muito superior. Infelizmente, acabámos por ser uns dos derrotados da noite...
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