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quarta-feira, abril 23, 2008

Grândola Vila Morena

A 2ª senha, para continuação do golpe foi dada pela canção Grândola, Vila Morena, de José Afonso, gravada por Leite de Vasconcelos e posta no ar por Manuel Tomás, no programa Limite da Rádio Renascença, à meia-noite e vinte, sendo antecedida pela leitura da sua primeira quadra. Grândola, Vila Morena foi composta como homenagem à "Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense", onde no dia 17 de Maio de 1964, «Zeca» Afonso actuou.
Depois, fez-se a leitura de poemas da autoria de Carlos Albino, jornalista do República e colaborador naquele programa, que, a pedido de Álvaro Guerra e do comandante Almada Contreiras, tinha ficado incumbido de enviar senhas para sincronizar o golpe do MFA.



Grândola, vila morena

Terra da fraternidade

O povo é quem mais ordena

Dentro de ti, ó cidade



Dentro de ti, ó cidade

O povo é quem mais ordena

Terra da fraternidade

Grândola, vila morena



Em cada esquina um amigo

Em cada rosto igualdade

Grândola, vila morena

Terra da fraternidade



Terra da fraternidade

Grândola, vila morena

Em cada rosto igualdade

O povo é quem mais ordena



À sombra d’uma azinheira

Que já não sabia a idade

Jurei ter por companheira

Grândola a tua vontade



Grândola a tua vontade

Jurei ter por companheira

À sombra duma azinheira

Que já não sabia a idade
José Afonso

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