Aqui posto de comando do Movimento das Palavras Armadas.

terça-feira, agosto 29, 2006

Quando se é diferente...

(...) Não admira, pois, que Carlos Costa passasse a pessoa não grata. Porque, demonstrada a verdade das acusações do IGAT, o PCP ter-se-ia tornado igual aos restantes partidos, naquilo que eles têm de pior e de mais censurável. Mas não estavam lá, também, o PS e o PSD? Veremos que Coelho irá sair desta cartola.
Mas a relevância do episódio não se fica por aqui. As reacções do PSD local não espantam. Profissionais da algazarra, armaram a tenda e desataram a denunciar pecadilhos e a anunciar a sua supermilagrosa banha da cobra. Que cura tudo menos a idiotice dos vendedores. E querem vendê-la ao PS. Que, desconfiado, hesita. É assim. As estruturas locais do PSD, para não serem excepção, estão cheias de gente que só vê uma forma de valorizar o seu partido. Berrando bem alto que os outros são ainda piores! Por isso, o coro desatou a cantar a canção da mentira eleitoral da substituição de eleitos e de métodos profiláticos do PCP. Que, afinal, lhe evitam Isaltinos Valentins e Fátimas. E que, a bem da nossa saúde política, nenhum partido perdia nada em adoptar, para evitar todos os constantes e descarados oportunismos e carreirismos. Falta nos estatutos de todos os partidos (que, afinal, não passam de clubes de interesses) um artigo 54.º dos estatutos do PCP. Para se poder fazer uma desinfecção geral. De que todos estamos precisados. Mas a falsa democraticidade dos nossos democratas tolhe-os. Chamam democracia interna à pulhice, à traição e ao vulgar oportunismo. E, afinal, vivem, lindamente, com elas. Viver na porcaria, ou evitá-la, eis a questão.
IN Correio da Manhã
João Marques dos Santos
Nota: Salvaguardo a minha posição em relação ao Camarada Carlos Sousa, que não é a mesma expressa pelo autor do texto e que pelo que me parece erroneamente lhe chama de Carlos Costa. Mas pela transparência resolvi postar metade do artigo tal como escrito!

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