Aqui posto de comando do Movimento das Palavras Armadas.

terça-feira, setembro 18, 2007

Boné de Fidel torna-se moda...


O Boné verde azeitona com a estrela vermelha sempre foi um ícone relacionado com o comandante en jefe Fidel Castro. Embora ultimamente o presidente tenha aparecido sem o ostentar, a verdade é que o seu boné virou moda em Cuba. Até então eram os acessórios de Che Guevara que lideravam em popularidade, porém, o boné de Fidel impôs-se como moda no país da REVOLUÇÃO.

segunda-feira, setembro 17, 2007

Bush dá uma mãozinha a Sócrates...

Foto André Kosters/Lusa

José Sócrates, o apregoador da esquerda moderna, de visita aos EUA resolveu explicar, em jeito de lambe botas, a Bush as grandes reformas que tem implementado em Portugal, como que pedindo a anuência às suas políticas. E não é que a obteve!! O intelegentíssimo presidente da permitida superpotência mundial, compreendeu a orientação política e deu os seus parabéns pelo rumo da esquerda moderna do PS. Daqui também lhe dou os meus parabéns Sr.º José Sócrates, com apoios como o de Bush e Sarkozy nem será preciso dizer mais nada!

A imparcialidade como ela deve ser...

Não resisti a não publicar alguns excertos desse texto aqui. E publico-os pela simples razão de que após tantos disparates que tenho lido, estas também são as palavras e a visão de um não-comunista. Sendo que nesta condição não pode ser acusado de Juiz em causa própria.

Aqui vai (os negritos são da minha autoria):


“Dizem-se muitas mentiras acerca da Festa do Avante!. Estas são as mais populares: que é irrelevante; que é um anacronismo; que é decadente; que é um grande negócio disfarçado de festa; que já perdeu o conteúdo político; que hoje é só comes e bebes.
Já é a Segunda vez que lá vou e posso garantir que não é nada dessas coisas e que não só é escusado como perigoso fingir que é. Porque a verdade verdadinha é que a Festa do Avante faz um bocadinho de medo.
O que se segue não é tanto uma crónica sobre essa festa como a reportagem de um preconceito acerca dela - um preconceito gigantesco que envolve a grande maioria dos portugueses. Ou pelo menos a mim.
Porque é que a Festa do Avante faz medo?
É muita gente; muita alegria; muita convicção; muito propósito comum. Pode não ser de bom tom dizê-lo, mas o choque inicial é sempre o mesmo: chiça!, Afinal os comunistas são mais que as mães. E bem dispostos. Porquê tão bem dispostos? O que é que eles sabem que eu ainda não sei? ...


...As festas do Avante, por muito que custe aos anti-comunistas reconhecê-lo, são magníficas.
É espantoso ver o que se alcança com um bocadinho de colaboração. Não só no sentido verdadeiro, de trabalhar com os outros, como no nobre, que é trabalhar de graça... Porque não basta trabalhar: também é preciso querer mudar o mundo. E querer só por si, não chega. É preciso ter a certeza que se vai mudá-lo... Porque os comunistas não se limitam a acreditar que a história lhes dará razão: acreditam que são a razão da própria história... E talvez sejam. Basta completar a frase "Se não fossem os comunistas, hoje não haveria..." e compreende-se que, para eles, são muitas as conquistas meramente "burguesas " que lhe devemos, como o direito à greve e à liberdade de expressão. ...


... Mas não é só por isso que a Festa do Avante faz medo. Também porque é convincente. Os comunas não só sabem divertir-se como são mestres, como nunca vi, do à-vontade. Todos fazem o que lhes apetece, sem complexos nem receios de qualquer espécie. Até o show off é mínimo e saudável.
Toda a gente se trata da mesma maneira, sem falsas distâncias nem proximidades. Ninguém procura controlar, convencer ou impressionar ninguém. As palavras são ditas conforme saem e as discussões são espontâneas e animadas. É muito refrescante esta honestidade. É bom (mas raro) uma pessoa sentir-se à vontade em público. Na Festa do Avante é automático.
Dava-nos jeito que se vestissem todos da mesma maneira e dissessem e fizessem as mesmas coisas - paciência. Dava-nos jeito que estivessem eufóricos; tragicamente iluminados pela inevitabilidade do comunismo - mas não estão. Estão é fartos do capitalismo - e um bocadinho zangados. ...


...Sabe bem passear no meio de tanta rebeldia. Sabe bem ficar confuso. Todos os portugueses haviam de ir de cinco em cinco anos a uma Festa do Avante, só para enxotar estereótipos e baralhar ideias. ...


...A Festa do Avante é sempre maior do que se pensa. Está muito bem arrumada ao ponto de permitir deambulações e descobertas alegres. Ao admirar a grandiosidade das avenidas e dos quarteirões de restaurantes, representando o país inteiro e os PALOP, é dificil não pensar numa versão democrática da Exposição do Mundo Português, expurgada de pompa e de artifício. E de salazarismo, claro.
Assim se chega a outro preconceito conveniente. Dava-nos jeito que a festa do PCP fosse partidária, sectária e ideológicamente estrangeirada. Na verdade, não podia ser mais portuguesa e saudavelmente nacionalista. ...


... As brigadas de limpeza por sua vez, estão sempre a passar, recolhendo e substituindo os sacos do lixo. Para uma festa daquele tamanho, com tanta gente a divertir-se, a sujidade é quase nenhuma. É maravilhoso ver o resultado de tanto civismo individual e de tanta competência administrativa. Raios os partam.
Se a Festa do Avante dá uma pequena ideia de como seria Portugal se mandassem os comunistas, confessemos que não seria nada mau. A coisa está tão bem organizada que não se vê. Passa-se o mesmo com os seguranças - atentos mas invisiveis e deslizantes, sem interromper nem intimidar uma mosca. ...


...Quando se fala na capacidade de “mobilização” do PCP pretende-se criar a impressão de que os militantes são autómatos que acorrem a cada toque de sineta. Como falsa noção, é até das mais tranquilizadoras. Para os partidos menos mobilizadores, diante do fiasco das suas festas, consola pensar que os comunistas foram submetidos a uma lavagem ao cérebro.
Nem vale a pena indagar acerca da marca do shampô.
Enquanto os outros partidos puxam dos bolsos para oferecer concertos de borla, a que assistem apenas familiares e transeuntes, a Festa do avante enche-se de entusiásticos pagadores de bilhetes.
E porquê? Porque é a festa de todos eles. Eles não só querem lá estar como gostam de lá estar. Não há a distinção entre “nós” dirigentes e “eles” militantes, que impera nos outros partidos. Há um tu-cá-tu-lá quase de festa de finalistas. ...


...É uma sólida tradição dizer que temos de aprender com os comunistas... Infelizmente é impossível. Ser-se comunista é uma coisa inteira e não se pode estar a partir aos bocados. A força dos comunistas não é o sonho nem a saudade: é o dia-a dia; é o trabalho; é o ir fazendo; e resistindo, nas festas como nas lutas. ...


...A verdade é que se sente a consciência de que as coisas, por muito más que estejam, poderiam estar piores. Se não fossem os comunistas: eles.
Há um contentamento que é próprio dos resistentes. Dos que existem apesar de a maioria os considerar ultrapassados, anacrónicos, extintos. Há um prazer na teimosia; em ser como se é. Para mais, a embirração dos comunistas, comparada com as dos outros partidos, é clássica e imbatível: a pobreza. De Portugal e de metade do mundo, num Portugal e num mundo onde uns poucos têm muito mais do que alguma vez poderiam precisar. ...


...Resistir é já vencer. A Festa do Avante é uma vitória anualmente renovada e ampliada dessa resistência. ... Verdade se diga, já não é sem dificuldade que resisto. Quando se despe um preconceito, o que é que se veste em vez dele? Resta-me apenas a independência de espírito para exprimir a única reacção inteligente a mais uma Festa do Avante: dar os parabéns a quem a fez e mais outros a quem lá esteve. Isto é, no caso pouco provável de não serem as mesmíssimas pessoas.
Parabéns! E, para mais, pouquíssimo contrariado.”




Publico aqui excertos de uma reportagem do Miguel Esteves Cardoso, sobre a Festa do Avante, para a Revista Sábado e que ainda não tive oportunidade de ler, a não ser estes pequenos excertos que retirei do blogue
Vermelho Vivo.
Embora sem a sua permissão, eu resolvi fazer o copy paste deste artigo, presumindo que teria a permissão do camarada. Fica aqui o meu agradecimento... Obrigado!



quarta-feira, setembro 12, 2007

terça-feira, setembro 11, 2007

Para o ano há mais!

Cartaz da Festa de 1977


Como desde há 31 edições, terminou mais uma Festa do Avante com um saldo positivo! Milhares e milhares de visitantes criaram um ambiente de festa, diversão, de confraternização, amizade e solidariedade. A Festa terminou, mas a razão da sua existência continua persistir, a construção de um mundo melhor. De toda aquela "overdose" cultural eu realço os Kumpania Algazarra, que me espantaram pela alegria que transmitiram por todo o recinto, sem no entanto esquecer as centenas de artistas que animaram a Quinta da Atalaia e os palcos e que em muito contribuíram para o sucesso de mais uma de muitas Festas do Avante.
A quem nunca foi à maior Festa de Portugal aqui fica um conselho, façam-no para o ano... porque para o ano haverá mais!