Annie Silva Pais, filha única do último director da PIDE, o Major Fernando Silva Pais, é casada com um diplomata suíço. A estada em Cuba e um encontro com Che Guevara mudarão a vida de Annie, que, saturada de uma existência em função das aparências, condicionada pelo aparelho repressivo do regime ditatorial português, se entregará integralmente à revolução cubana e aos seus ideais. Desaparecida durante algum tempo, Annie abandona o marido, a família e o país. No Portugal de Salazar, todos temem que tenha sido raptada e utilizada no contexto da guerra colonial. Mas Annie envolve-se numa profunda luta de valores e convicções, só regressando a Portugal após o 25 de Abril para ir visitar o pai à prisão. A coragem será uma das principais marcas de Annie, que protagoniza uma peça onde o drama, a traição, os afectos, a morte e os combates políticos se cruzam naquela que é uma história de vida rara e exemplar.
Esta quinta-feira, fui ver esta peça de teatro, não só pelo tema da mesma mas também porque, entretanto, soube que tinha música Cubana tocada ao vivo. Se com as expectativas altas entrei com elas preenchidas saí! A encenação é mágnifica, a representação soberba, a música fenomenal e a História tocante, envolvente e emocionante, ainda para mais para quem se identifica ideológicamente com a Annie. Queria também realçar a parte em que a actriz Ana Brandão canta a solo, para essa parte só tenho uma palavra ARREPIANTE...
Vale a pena ir ver, pena que o teatro em Portugal seja tão caro, felizmente, ainda existem algumas promoções.