tag:blogger.com,1999:blog-9486145.post4180097917557411615..comments2023-05-07T13:53:17.537+01:00Comments on Movimento das Palavras Armadas: Contra todo o tipo de terrorismo!Unknownnoreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-9486145.post-8216118123746205042005-07-07T22:27:00.000+01:002005-07-07T22:27:00.000+01:00concordo a 100%.Mas o que é estranho é que estamos...concordo a 100%.Mas o que é estranho é que estamos cada vez mais proximos dos ideias dos paises capitalistas,seremos nos tambem um pais a abater?Elogio à Loucurahttp://www.blogger.com/profile/13344195784461746764noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9486145.post-79019016126723033102005-07-08T00:00:00.000+01:002005-07-08T00:00:00.000+01:00Porque não?A ajuda que Portugal está a dar aos EUA...Porque não?<BR>A ajuda que Portugal está a dar aos EUA na ocupação criminosa do Iraque, torna-nos cúmplices activos.<BR>Nós somos os mercenários do tempo presente.<BR>Só que, em vez de sermos pagos pelo império, o somos pelo estado português.<BR>Temos que ordenar aos nossos governantes, a retirada total dos militares/mercenários portugueses, quanto antes.<BR>No fim de contas quem acaba, sempre, por pagar a factura, são os trabalhadores.ze antnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9486145.post-50437215267944804582005-07-12T12:29:00.000+01:002005-07-12T12:29:00.000+01:00mais um frustrado!!mais um frustrado!!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9486145.post-46456255489276374822005-07-12T19:00:00.000+01:002005-07-12T19:00:00.000+01:00Sobre guerra e paz... OS HOMENS AMAM A GUERRA, do ...Sobre guerra e paz...<BR><BR> OS HOMENS AMAM A GUERRA, do poeta brasileiro Affonso Romano de Sant'Anna<BR><BR> (Não sei com que armas os homens lutarão na Terceira Guerra, <BR>mas na Quarta, será a pau e pedra –Einstein)<BR><BR>Os homens amam a guerra. Por isso<BR>se armam festivos em coro e cores<BR>para o dúbio esporte da morte.<BR><BR>Amam e não disfarçam.<BR>Alardeiam esse amor nas praças,<BR>criam manuais e escolas,<BR>alçando bandeiras e recolhendo caixões,<BR>entoando slogans e sepultando canções.<BR><BR>Os homens amam a guerra. Mas não a amam<BR>só com a coragem do atleta<BR>e a empáfia militar, mas com a piedosa<BR>voz do sacerdote, que antes do combate<BR>serve a hóstia da morte.<BR><BR>Foi assim na Criméia e Tróia,<BR> na Eritréia e Angola,<BR> na Mongólia e Argélia,<BR> no Saara e agora.<BR><BR>Os homens amam a guerra<BR>E mal suportam a paz.<BR><BR>Os homens amam a guerra,<BR>portanto,<BR>não há perigo de paz.<BR><BR>Os homens amam a guerra, profana<BR>ou santa, tanto faz.<BR><BR>Os homens têm a guerra como amante,<BR>embora esposem a paz.<BR><BR>E que arroubos, meu Deus! nesse encontro voraz!<BR>que prazeres! que uivos! que ais!<BR>que sublimes perversões urdidas<BR>na mortalha dos lençóis, lambuzando<BR>a cama ou campo de batalha.<BR><BR>Durante séculos pensei<BR>que a guerra fosse o desvio<BR>e a paz a rota. Enganei-me. São paralelas<BR>margens de um mesmo rio, a mão e a luva,<BR>o pé e a bota. Mais que gêmeas<BR>são xifópagas, par e ímpar, sorte e azar<BR>são o ouroboro- cobra circular<BR>eternamente a nos devorar.<BR><BR>A guerra não é um entreato.<BR>É parte do espetáculo. E não é tragédia apenas<BR>é comédia, real ou popular,<BR>é algo melhor que circo:<BR> -é onde o alegre trapezista<BR> vestido de kamikase<BR> salta sem rede e suporte,<BR> quebram-se todos os pratos<BR> e o contorcionista se parte<BR> no kamasutra da morte.<BR><BR>A guerra não é o avesso da paz.<BR>É seu berço e seio complementar.<BR>E o horror não é o inverso do belo<BR>-é seu par. Os homens amam o belo<BR>mas gostam do horror na arte. O horror<BR>não é escuro, é a contraparte da luz.<BR>Lúcifer é Lubel, brilha como Gabriel<BR>e o terror seduz.<BR> Nada mais sedutor<BR>que Cristo morto na cruz.<BR><BR>Portanto, a guerra não é só missa<BR>que oficia o padre, ciência<BR>que alucina o sábio, esporte<BR>que fascina o forte. A guerra é arte.<BR>E com o ardor dos vanguardistas<BR>frequentamos a bienal do horror<BR>e inauguramos a Bauhaus da morte.<BR><BR>Por isso, em cima da carniça não há urubu,<BR>chacais, abutres, hienas.<BR>Há lindas garças de alumínio, serenas,<BR>num eletrônico balé.<BR><BR>Talvez fosse a dança da morte, patética.<BR>Não é . É apenas outra lição de estética.<BR>Daí que os soldados modernos<BR>são como médico e engenheiro<BR>e nenhum ministro da guerra<BR>usa roupa de açougueiro.<BR><BR>Guerra é guerra!<BR> dizia o invasor violento<BR> violentando a freira no convento<BR>Guerra é guerra!<BR> dizia a estátua do almirante<BR> com a boca de cimento.<BR>Guerra é guerra!<BR> dizemos no radar<BR> desgustando o inimigo<BR> ao norte do paladar.<BR><BR>Não é preciso disfarçar<BR>o amor à guerra, com história de amor à pátria<BR>e defesa do lar. Amamos a guerra<BR>e a paz, em bigamia exemplar.<BR>Eu, poeta moderno ou o eterno Baudelaire<BR>eu e você, hypocrite lecteur,<BR>mon semblable, mon frère.<BR>Queremos a batalha, aviões em chamas<BR>navios afundando, o espetacular confronto.<BR><BR>De manhã abrimos vísceras de peixes<BR>com a ponta das baionetas<BR>e ao som da culinária trombeta<BR>enfiamos adagas em nossos porcos<BR>e requintamos de medalha<BR>-os mortos sobre a mesa.<BR><BR>Se possível, a carne limpa, sem sangue.<BR>Que o míssil silente lançado à distância<BR>não respingue em nossa roupa.<BR>Mas se for preciso um banho de sangue<BR>-como dizia Terêncio:-sou humano<BR>e nada do que é humano me é estranho.<BR><BR>A morte e a guerra<BR> não mais me pegam ao acaso.<BR> Inscrevo sua dupla efígie na pedra<BR> como se o dado de minha sorte<BR> já não rolasse ao azar,<BR> como se passasse do branco<BR> ao preto e ao branco retornasse<BR> sem nunca me sombrear.<BR>Que venha a guerra! Cruel. Total.<BR>O atômico clarim e a gênese do fim.<BR>Cauto, como convém aos sábios,<BR>primeiro bradarei contra esse fato.<BR>Mas, voraz como convém à espécie,<BR>ao ver que invadem meus quintais,<BR>das folhas da bananeira inventarei<BR>a ideológica bandeira e explodirei<BR>o corpo do inimigo antes que ataque.<BR>E se ele não atirar primeiro, aproveito<BR>seu descuido de homem fraco, invado sua casa<BR>realizando minha fome milenar de canibal<BR>rugindo sob a máscara de homem.<BR><BR>-Terrível é o teu discurso, poeta!<BR>Escuto alguém falar.<BR> Terrível o foi elaborar.<BR> Agora me sinto livre.<BR> A morte e a guerra<BR> já não podem me alarmar.<BR> Como Édipo perplexo<BR> decifrei-a em minhas vísceras<BR> antes que a dúbia esfinge<BR> pudesse me devorar.<BR><BR>Nem cínico nem triste. Animal<BR>humano, vou em marcha, danças, preces<BR>para o grande carnaval.<BR>Soldado, penitente, poeta<BR>-a paz e a guerra, a vida e a morte<BR>me aguardam<BR>- num atômico funeral.<BR><BR>-Acabará a espécie humana sobre a Terra?<BR>Não. Hão de sobrar um novo Adão e Eva<BR>a refazer o amor, e dois irmão:<BR>-Caim e Abel<BR> -a reinventar a guerra.Anonymousnoreply@blogger.com